quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Filhos não devem ser encarados como algo descartável.

Leia meu primeiro romance A ALEGRIA É DIVINA. 

Filhos não são consequencias.

Ele era um garoto bem assustado, que morria de medo de ser abandonado pela avó. No seu primeiro dia na escola ele teve um ataque de ansiedade, ficou com febre e chorou sem parar. Não queria entrar, por isso gritava e implorava:

"Vó, não me deixa aqui! Eu sei que a senhora nunca mais vai me buscar aqui!!"

Muita gente já passou por isso, de ter que deixar um filho na creche e ele fazer aquele drama, chorar e espernear, mas o caso deste menino era bem diferente. Seus pais haviam se separado quando ele tinha cerca de um ano e dois meses, e nenhum deles queria assumir o ônus de ter que ficar com o filho.

No começo a mãe ainda tentou ficar com ele, mas isso durou cerca de seis meses, até que ela conheceu um outro homem, que morria de ciúmes do garoto. Este homem (se é que podemos chamá-lo assim) não queria saber do fruto de outro homem sob o seu teto, por isso exigiu que ela, a mãe, se livrasse dele.

Claro, ela podia deixá-lo com o pai, mas ele também já tinha arrumado outra mulher, por isso não queria saber de nenhum filho atrapalhando sua nova vida. Neste caso, como não podia deixar de ser, restava apenas a avó materna, que assumiu o neto como um filho.

Pronto, problema resolvido, não é mesmo?

Nem tanto. O pai não queria saber de visitar o filho porque para ele já estava tudo resolvido. Oras, o menino tinha a casa, roupas e comida na mesa, o que ele queria mais?
Quanto à mãe, ela parecia tão feliz ao lado do novo marido ciumento, que nunca mais deu sinal de vida depois que engravidou e teve outro filho.

Filhos não devem ser encarados como algo descartável.

É incrível, mas existem separações onde o casal briga para ver quem fica com os móveis, com a casa e até com os cachorros, mas ninguém quer ficar com os filhos:

"Tudo bem, você pode ficar com o carro, mas você tem que ficar com o moleque!"

Então, quem é que vai ficar com o moleque?

Oras, ele só nasceu porque eles achavam que iam ficar juntos. Mas agora é diferente, porque cada um quer ter a sua vida, e este menino só vai atrapalhar.

"Eu sou homem, não posso criar uma criança, então o filho é seu!"
"Ah, mas eu sou mulher e preciso me casar de novo, então o filho é seu!"

Se a relação acabou, se o que era amor virou ódio e ressentimentos, não olhem para seus filhos como se eles fossem culpados. Nem os despreze como se fossem uma carga, um um estorvo, porque nunca é tarde para lembrar que um dia vocês também já foram crianças. E do mesmo jeito que vocês tanto desejavam carinho, afeto e proteção dos seus pais, eles também precisam destas coisas.

Como é possível alguém olhar para o próprio fruto e não ser capaz de dar amor?

Conheci uma mãe que assim que conheceu um outro homem e teve dois filhos com ele, abandonou seu filho do casamento anterior em uma pensão, dividindo o quarto com um homem que ela mal sabia quem era, e foi morar bem longe, em Itaquera.

Detalhe: na época o menino tinha apenas 9 anos!!!

Claro, ela pagava o aluguel do quarto, mas tirando este"sacrifício", ela mal aparecia para ver o menino. Então, minha ex-sogra ficou sabendo da situação, pegou o menino e o levou para morar em sua casa. Depois ela ganhou a guarda da criança com a maior facilidade, porque para ela, a mãe, nada poderia ser tão prático.

Estou cansado de ver mulheres que abandonam seus filhos a cada nova relação. Uma delas, por exemplo, tem 25 anos e já deixou uma filha com a avó, outro filho com um casal de conhecidos, e o último ela deixou com o pai, que o levou para Pernambuco.

Parece um absurdo, mas quantas pessoas não fazem justamente o mesmo com seus filhos? A relação acabou? Então vamos nos livrar de quaisquer resquícios dela. Tudo bem, nem todo mundo larga o "estorvo" em um quarto de pensão, mas existem muitos pais e mães que só "aturam" os filhos por uma questão de falta de opção, não porque gostam deles.

Aliás, é inadmissível que alguém pegue um filho e jogue na casa dos pais, como se dissesse:

"Você agora é deles, dos seus avós".
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